A Comissão de Negociação da FENATTEL onde o SINTTEL/MT faz parte, se reuniu por meio de vídeo conferência com os executivos do grupo Telefônica Brasil para negociar o Acordo Coletivo 2020/2022 e o PPR 2020. Esta foi a primeira rodada de negociação e ocorreu na sexta-feira, 14 de agosto.

 

A vídeo conferência iniciou com a apresentação efetuada pelo representante da VIVO do reflexo negativo da pandemia nos negócios da empresa e na economia do Brasil.

 

Os resultados divulgados pelo grupo Telefônica Brasil ficaram abaixo da expectativa do mercado, com reflexos no valor da ação nas bolsas de valores.

 

O presidente do SINTTEL-MT, afirmou que a intenção é buscar uma proposta condizente com as necessidades dos trabalhadores, independente dos números. 

 

ACORDO 20/22

 

O Grupo Telefônica Brasil apresentou algumas premissas que nortearão as negociações. São elas:

 

• Manutenção do ACT por dois anos sem reajuste;

• Adiantamento do 13º salário, conforme legislação;

• Plano Médico: operadora única para os novos empregados;

• Inclusão da cláusula de LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados);

• Revisão do modelo de locação de veículo;

• Exclusão da cláusula de homologação;

• Discussão do prazo de compensação do banco de horas;

 

PPR 2020

 

Devido a pandemia, a empresa afirmou que ficaram impossibilitados de vislumbrar um cenário.

 

Sendo assim, os executivos da VIVO afirmaram que serão mantidos os mesmos indicadores econômicos e financeiros e a manutenção do target já negociado no ACT 2019.

 

Para o exercício de 2020, a empresa afirmou que o cenário será ainda mais desafiador para os indicadores econômicos devido a Covid-19. Por este motivo alguns percentuais foram revisados.

 

No final a empresa afirmou que não haverá adiantamento do PPR em 2020. Dependendo do resultado, poderá haver pagamento em março de 2021.

 

 

A Comissão de Negociação da FENATTEL, onde o SINTTEL/MT faz parte, rechaçou as intenções da empresa e deixou claro que não admitirá precarização ainda mais que o setor é considerado serviço essencial e os trabalhadores vêm neste momento de pandemia realizando suas atividades expostos aos riscos de contágio do Covid-19.

 

A comissão  deixou claro a importância da Operadora VIVO rever a sua política de cargos e salários já que os trabalhadores da rede externa estão realizando suas atividades multifuncionais tanto na rede metálica como no GPON e sem ter qualquer alteração ou melhorias em seus salários-base.

 

E a respeito da empresa propor mudanças no modelo de locação dos veículos dos trabalhadores os membros da Comissão  repudiaram e não concordam, pois isso prejudicará os trabalhadores.

 

Diante do impasse, uma nova reunião será agendada nos próximos dias.

 

 

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