SINTTEL/MT e FENATTEL iniciam as negociações das cláusulas econômicas com a VIVO
O SINTTEL-MT e os sindicatos filiados à FENATTEL se reuniram com a Vivo, na tarde desta segunda-feira (21), para iniciar as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Tal negociação está relacionada à renovação do aditivo das cláusulas econômicas do Acordo vigente.
Como ocorre em todos os anos, a VIVO inicialmente fez a apresentação dos dados financeiros. A empresa iniciou demonstrando um panorama econômico, sua receita e perspectivas de índices inflacionários. Também apresentou um cronograma das etapas desse processo de negociação e enfatizou que mesmo com o cenário de crescimento positivo, teve perdas, e que por isso não conseguirá atender na íntegra as reivindicações dos trabalhadores.
Para a comissão de negociação da FENATTEL, a empresa chora de barriga cheia, porque o cenário mostrado na grande mídia é que a empresa continua como uma líder de mercado entre as operadoras e continua em expansão nos negócios. Os sindicatos também reiteram que a empresa utiliza a prática de dois discursos: uma para o mercado da euforia e do crescimento, e outro para os trabalhadores, da depressão e das dificuldades. Ou seja, a VIVO se demonstra contraditória em suas argumentações. Segundo informações de mercado, a operadora registrou lucro de R$ 835 milhões com aumento de 11,3%.
Na ocasião, a VIVO apresentou as premissas para a negociação, mas não apresentou ainda proposta para o índice de reajuste salarial. Seguindo o argumento patronal, a empresa quer ter uma sinalização do INPC, que será divulgado em setembro, para se posicionar e dar continuidade as negociações.
Os sindicatos presentes enfatizaram que foi entregue uma pauta com as reivindicações da categoria e que esta deve ser analisada e respeitada. Afirmam ainda que a empresa tem condições sim de apresentar uma proposta relevante e que atenda às necessidades dos trabalhadores. Além disso, a meta trabalhista nesta negociação é avançar e conquistar melhorias para todos os trabalhadores da Vivo e não precarizar.
As negociações continuam. Nova reunião está agendada para 12 de setembro.
A DIRETORIA